Dois jovens engenheiros da Escola Politécnica da USP criaram equipamento para identificação de cores e de notas de real para pessoas com deficiência visual a preço acessível, na faixa de R$ 100 a R$ 200.
Hoje, o que existe no mercado brasileiro é importado e custa de R$ 600 a 1,2 mil e só identifica cor; dinheiro, não.
A informação é de Nathalia Sautchuk Patricio e Fernando de Oliveira Gil, formados na Poli em Ciência da Computação e cursando mestrado. Eles esperam começar a produzir o aparelho em escala comercial até o final do
ano.
Não ver cores e não saber o valor da cédula é um dos maiores transtornos da pessoa com deficiência visual. Fernando comenta que muitas delas, principalmente aquela que um dia já enxergou, deseja escolher a cor da roupa, do móvel, equipamento, celular, carro, etc. "O fato de poder combinar cores da roupa que vai vestir, por exemplo, aumenta a autoestima", reitera Fernando. Quanto ao dinheiro, o identificador evita que a pessoa seja enganada. O Auire reconhece 16 cores, por enquanto, e notas de R$ 2 a R$ 100. O aviso é sonoro, por meio de voz, gravada pela própria Nathalia.
Futuros usuários - Dados da OMS/2009 mostram que 314 milhões de pessoas no mundo apresentam alguma deficiência visual e que 45 milhões delas são cegas. Além disso, 87% vivem em países em desenvolvimento ou
subdesenvolvidos, sendo 25 milhões só no Brasil. Já o IBGE/2009 registra que aproximadamente 29% dos brasileiros com problemas visuais (7,25 milhões) vivem com menos de um salário mínimo por mês.
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